Leelou Canil

Yorkshire - O padrão oficial



CBKC nº 86, de 10/5/1994. FCI nº 86f, de 28/9/198. País de origem: Grã-Bretanha. Nome no país de origem: Yorkshire Terrier.
Utilização: companhia. Prova de trabalho: para o campeonato, independe.
  • Aparência Geral: de pelagem longa; o pêlo cai perfeitamente reto, repartido por uma linha que se estende da trufa à extremidade da cauda, de maneira igual para cada lado. Muito compacto e de contorno definido, mantendo-se incólume, o que lhe confere um ar de importante. O conjunto de suas formas revelam vigor e boas proporções.
  • Características: Terrier de companhia, ativo e inteligente.
  • Temperamento: repleto de vivacidade, e índole igual.
  • Cabeça e crânio: cabeça mais para pequena e plana, sem apresentar o crânio muito proeminente ou abobadado e o focinho não muito longo. A trufa é preta.
  • Olhos: de tamanho médio, escuros e cintilantes; expressão esperta e inteligente; de inserção frontal. Não sendo proeminetes, têm a rima palpebral escura.
  • Orelhas: pequenas, em forma de V, portadas e eretas, sem serem muito afastadas, revestidas de pelagem curta, de cor fulvo-saturado e intenso.
  • Maxilares: articulados em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os incisivos superiores encobrem os inferiores em contato estreito e são engastados ortogonalmente aos maxilares. Os dentes são bem alinhados e os maxilares de igual comprimento.
  • Pescoço: de bom comprimento e elegante.
  • Anteriores: ombros bem oblíquos, antebraços retos, bem revestidos de pelagem fulvo-dourado intenso, que é muito pouco mais claro nas pontas que nas raízes, não ultrapassando acima do nível dos cotovelos.
  • Tronco: compacto. As costelas são moderadamente arqueadas. O lombo é bem firme. O dorso é reto.
  • Posteriores: vistos por trás, membros perfeitamente retos. O joelho é moderadamente angulado. Bem revestidos de pelagem fulvo-dourado intenso cujas pontas são alguns tons mais claros que as raízes, não ultrapassando acima do nível dos joelhos.
  • Patas: redondas. As unhas são pretas.
  • Cauda: NÃO usa-se encurtá-la (coisa do passado) ; revestida abundantemente com uma pelagem azul mais escuro que o restante do corpo, principalmente na extremidade. A cauda é portada um pouco mais alta que a linha superior.
  • Movimentação: passadas fluentes com boa propulsão. Anteriores e posteriores trabalham corretamente direcionados para a frente. Durante a movimentação a linha superior parece bem firme.
  • Pelagem: no tronco, o pêlo é de comprimento moderado, perfeitamente reto (sem ondulações), brilhante, de textura fina e sedosa, nunca lanosa. Na cabeça a pelagem é longa, de cor fulvo-dourado intenso, e cor mais saturada nas faces, na base das orelhas e no focinho onde o pêlo é bem longo. A cor fulvo da cabeça, não deve alcançar o pescoço. Na pelagem, não poderá haver, absolutamente, qualquer mescla de pêlos escuros ou encarvoados na cor fulvo.
  • Cor: azul-aço escuro (nunca azul-prateado), estendendo-se do occipital à raíz da cauda, jamais mesclados de pêlos fulvos, bronze ou escuros. No antepeito a pelagem é fulvo intenso e brilhante. Todos os pêlos de cor fulvo são mais escuros na raíz que no meio, ficando mais claros nas pontas.
  • Peso: até 3,150 quilos.
  • Faltas: qualquer desvio dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Nota: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.



Temperamento


Um dos motivos que o tornam tão encantador tem suas raízes na própria função original da raça, ele é um terrier, grupo de raças que se caracterizam por serem ativas, destinadas a localizar e caçar animais em tocas, sem a ajuda humana. Daí seu caráter independente, esperto, vivaz, autoconfiante e sua atitude sempre alerta. Aliás, como todo bom caçador, dará o alarme ao menor ruído estranho à rotina da casa. Por essa característica marcante, muitos o usam como cão de alarme, função na qual é extremamente eficiente.
Possui ainda um temperamento carinhoso e afável, fator que o torna uma companhia excelente. A despeito do seu tamanho, o yorkshire é um cão muito ativo e independente, podendo conviver amigavelmente com crianças, embora se deva ter cuidado para que estas não o machuquem com brincadeiras rústicas, às quais ele reagirá prontamente, mostrando seus limites.

Origem

O Yorkshire terrier, ou "yorkie", como é carinhosamente chamado, vem de uma mistura de diferentes terriers, tradicionais na arte da caça em tocas. Dentre as várias versões existentes sobre sua origem, a mais aceita fala do cruzamento entre o black and tan, o skie terrier e o dandie dinmont. Consta, ainda, uma intervenção do maltês.
A princípio, o yorkie foi chamado de terrier escocês e, logo em seguida, de terrier escocês anão de pêlo longo.
Somente depois de vários anos, por volta de 1870, é que foi adotado o seu nome atual, em homenagem à região de sua origem.
Foi desenvolvido por operários de West Riding, no condado de York (Inglaterra), que buscavam um cão de companhia que fosse pequeno e pudesse ser utilizado na caça subterrânea, qualidade essa que, apesar de muito acentuada no princípio, desapareceu quase por completo. Foi também, companheiro fiel dos Trabalhadores das minas de carvão, comuns em sua região.

Somente em fins da era vitoriana é que ganhou status, ao se tornar companheiro inseparável das damas da aristocracia e alta burguesia.
Conforme os norte-americanos seguiam os costumes vitorianos, eles também passaram a adotar o yorkshire terrier, sendo que o primeiro registro de um exemplar nascido nos Estados Unidos, data de 1872.
Sua primeira aparição em exposições se deu em 1861, em Birmingham, ainda sob o nome de terrier escocês anão de pêlo longo. Foi reconhecido como raça em 1885 pelo American Kennel Club e, em 1898, pelo recém criado The Kennel Club da Inglaterra. Seu primeiro padrão, de 1898, admitia dois grupos de tamanho:
um de até 2,3 kg (preferidos para companhia) e outro entre 2,3 e 6 kg, indicado para enfrentar os grandes ratos. Seu padrão atual estabelece o peso máximo de 3,15 kg.



Para saber mais


Clubes:
1) Associação dos Criadores de Yorkshire Terrier (Acryt), tel. (021) 294-7914 (Sistema ACB).
2) Clube do Yorkshire Terrier, tel. (021) 571-7787 (Sistema CBKC).
3) Yorkshire Terrier Club of America, (001612) 345-3726. Livros: Yorkshire Terrier, Ephel Munday, Editora Nobel, São Paulo.
2) The New Complete Yorkshire Terrier, Joan B. Gordon e Janeth E. Benneth, Howell Book House, New York, EUA.
3) II Grande Libbro dello Yorkshire, Antonella Tomaselli, de Vecchi Editore, Milão, Italia.